por Marcos Godinho | dez 17, 2018 | Comércio, Franquias, Von Jess
Consultores de franquia
Quando temos diante de nós consultores de sucesso que conseguiram estabelecer uma atividade lucrativa e pretendem replicá-la e expandi-la no formato de franquia, devemos antes de tudo pensar que, não obstante toda a vasta experiência que ele possa ter em seu próprio negócio, o sistema de franchising é um mercado desconhecido e, portanto, será necessário um trabalho de “educação” quanto às premissas que norteiam este tipo de relacionamento.
Consultoria inicial
Normalmente, podemos dividir essa consultoria inicial em duas partes. A primeira que diz respeito ao próprio negócio. Nem sempre o que dá certo no formato de unidades próprias será necessariamente uma atividade lucrativa para os franqueados. Lojas próprias funcionam de forma conjunta, dividindo, suportando ou compensando os custos uma da outra. Para o franqueado o processo não é assim. Todo o custo de sua unidade é arcado, a princípio, somente por ele e, além do que é inerente à atividade, deve-se calcular como custo fixo o pagamento de royalties, taxa de propaganda e marketing, manutenção de software e outros que as unidades próprias não têm.
Logo, de início é preciso reexaminar o negócio em si no formato de franquia. O custo e a expectativa de faturamento das unidades franqueadas. Além disso, ainda pensando no negócio, detalhes como abastecimento, compras, logística, projetos, suporte, atendimento, estratégias de crescimento e expansão, enfim tudo que diga respeito ao relacionamento com os franqueados tem que ser pensado previamente.
Depois disso, “com a bola arredondada”, com o negócio formatado, os números e as expectativas devidamente calculados, passamos a segunda parte que é a documental, onde deve ser criada a formatação jurídica de apresentação e contratação da franquia, de acordo com o que a lei determina.
Não necessariamente uma parte está atrelada a outra. Algumas consultorias de negócio celebram parcerias com escritórios jurídicos para a formalização dos contratos, ou vice-versa. Entretanto, em qualquer caso, o importante é que, desde o início aquele empresário que se decidiu pela expansão através do sistema de franquia seja conscientizado, pelos profissionais especializados que com ele trabalharão para sua implantação, que o relacionamento de franquia, na verdade, constitui um “novo negócio” com o qual ele não está familiarizado e sobre o qual ele deve aprender para que possa se prevenir corretamente e evitar desagradáveis surpresas no futuro.
por Marcos Godinho | dez 14, 2018 | Franquias, Von Jess
Atenção na hora de contratar
Nos tempos atuais, quando não tomamos cuidados com o tipo de vida que estamos levando, tiramos de nós mesmos a capacidade de observar. Observar a nós mesmos. Observar os outros, a paisagem. Observar as nossas relações, nossos atos e as consequências deles.
Vamos vivendo, simplesmente empurrando o barco, seguindo em frente como é possível seguir, sem nem perceber que cada ação ou omissão cometida hoje nos acarreta consequências boas ou ruins ali na frente.
Costumo repetir quase todos os dias que ação ou omissão podem ser considerados crimes. Se você faz mal a alguém deve (ou pelo menos deveria) responder de alguma forma por isso, da mesma maneira, se você faz o bem e age certo.
Deixando a filosofia de lado, queria mais uma vez bater na tecla da importância de cultivar o relacionamento e aqui, para não fugir ao tema, a importância de cultuar a “observação”.
Transportando para a relação de franquia, é muito importante que as partes não percam durante a contratação o cuidado de observar, nem que seja para perceber o que falta em si próprio.
Quando um franqueado vive anos um contrato de franquia se “submetendo” à franqueadora e deixando de exercer os direitos que lhe são garantidos contratualmente, de certa forma está acatando àquela forma de agir.
Relação de Franquias
Na relação de franquia e na maioria das relações humanas acabamos sendo sugados por nosso dia a dia e nos tornamos preguiçosos em “cobrar” ou fazer valer o que é nosso por direito.
Não estou falando da briga pela briga. Essa não leva a nada nunca. Estou falando de preguiça e de inércia. A preguiça leva a inércia e esta conduz a uma zona de conforto da qual é difícil sair. Ainda mais quando a relação está fundamentada em um contrato, cujo debate costuma ser mais delicado.
Quando se contrata, por mais que haja a previsão de que a tolerância com eventual descumprimento das cláusulas contratuais não acarreta uma novação, exercer direitos que foram reiteradamente desrespeitados e pretender obter todos os danos sofridos em decorrência dessa lesão pode ser muito difícil.
Assim, embora na maioria das vezes seja muito melhor ser feliz do que ter razão, escolha bem a forma de felicidade que lhe cabe e não permita que a inércia e a preguiça ditem as regras do jogo para você.
por Marcos Godinho | dez 13, 2018 | Comércio, Franquias, Von Jess
Padrão
Sempre que se pensa em normas de franquia é normal pensar em padrão, identidade e unidades rigorosamente iguais ou pelo menos muito parecidas. A realidade é que se tratando de uma rede de franquias, o cliente de fato não deve fazer nenhuma distinção entre uma e outra. Ele entra em determinada loja, atraído pela marca, por seu layout interno e externo, sem conseguir identificar, tratar-se ou não de uma operação franqueada.
Orientações
Para manter a identidade e o padrão desenvolvido pela franqueadora, é muito comum a rede criar um manual operacional ou estabelecer alguma forma dessas orientações serem seguidas.
O manual faz parte integral do contrato e pode ter seu cumprimento cobrado pela franqueadora. Por outro lado, pode também o franqueado cobrar a entrega desse manual e o estabelecimento claro de quais são as normas operacionais que deverá seguir ao contratar com aquela franquia
É dever da franqueadora estabelecer a padronização de sua rede e indicar aos franqueados a forma de seguir as normas e procedimentos por ela determinados. É dever do franqueado zelar pelos padrões estabelecidos pela franqueadora e seguir fielmente o que for por ela indicado neste aspecto.
A franqueadora que quer cobrar determinado procedimento de seu franqueado deve expressamente determinar as regras que pretende que sejam seguidas, pois, do contrário, nada haverá para ser cobrado.
por Marcos Godinho | dez 12, 2018 | Comércio, Franquias, Von Jess
Franquia na Odontologia
O interesse por sistemas de franquia na odontologia deriva de uma necessidade de amparo que acredito que seja comum a todos os profissionais técnicos, dentistas, médicos, advogados, arquitetos etc., à medida que, na faculdade se aprende a exercer a profissão, sem levar-se em conta que, para isso, é necessário também o aprofundamento nos conceitos de gestão empresarial.
No ramo da odontologia, existe uma preocupação quanto ao gerenciamento do risco na relação com o paciente, com os planos de saúde e órgãos públicos de regulação e fiscalização.
Muitas são as normas a serem observadas e, sem o devido cuidado, provocado pela ausência de assessoramento específico e detalhado, problemas originados no atendimento diário podem se transformar em questões éticas, cíveis e até criminais para os profissionais envolvidos.
A bem da verdade os cirurgiões dentistas vêm sofrendo muito ultimamente por força da legislação “consumeirista” e pelas limitações impostas pelo próprio Código de Ética da profissão.
Franchising
O franchising então pode ser um instrumento forte de apoio a essa gestão, pois através de um sistema de negócios formatado, com o gerenciamento de risco adequado e o marketing devidamente estruturado por uma franqueadora séria e comprometida, os problemas tendem a ser menores.
por Marcos Godinho | dez 11, 2018 | Comércio, Franquias, Von Jess
Franquia ideal
É muito importante frisar que não existe esta conversa de franquia ideal.
Por mais que possa parecer que vivendo nesse meio tenho esse tipo de informação na ponta da língua, na realidade, qualquer dica neste sentido sempre não passará de uma suposição.
Posso enumerar redes de franquias sérias, que trabalham em parceria com seus franqueados e que procuram crescer proporcionando o crescimento de quem está com ela. Aliás, procuro me cercar deste tipo de relação. É muito ruim associar meu nome e o nome do meu escritório a quem não trabalha com esse espírito.
Só que o sucesso de uma unidade franqueada exige mais que isso. O trabalho sério, a parceria e a transparência, infelizmente, não garantem o sucesso. Garantem o relacionamento sadio, o apoio em qualquer situação, o cumprimento dos termos contratados, a consideração quanto as particularidades de cada operação, mas não o sucesso.
Franqueados
Em regra, franqueados felizes e infelizes podem conviver e, na maioria das vezes, efetivamente convivem na mesma rede. Mesmo nas franquias sérias e sólidas há casos de unidades que não deram certo e isso não as desqualifica como franqueadoras, nem torna seus negócios menos atraentes.
Portanto, a “franquia ideal” é a que foi contratada com base em um estudo profundo e apurado, considerando todas as variáveis que normalmente incidem sobre a atividade e, independente da minha ou de qualquer opinião, deve ser aquela cujo seu perfil pessoal e de investimento melhor se adéqua.
por Marcos Godinho | dez 10, 2018 | Comércio, Franquias, Von Jess
Internacionalização
O assunto internacionalização de empresas brasileiras, tem sido pauta dentro dos mais diversos segmentos. Como era de se esperar, são as grandes franquias, que ostentam muito dinheiro e poder que acabam virando alvo do mercado internacional.
Sou procurada tanto por investidores que buscam desenvolver suas atividades em outros países, quanto por grupos estrangeiros que buscam negócios em solo brasileiro.
No entanto, este processo, seja ele feito de dentro do Brasil para fora, ou vice-versa tem de ser feito com muita cautela. Deve ser muito estudado tanto pelos investidores brasileiros, quanto pelos estrangeiros.
Legislação
Aqueles que buscam este tipo de empreitada antes de expandir seus negócios, pesquisar os costumes dos consumidores e avaliar se o seu produto ou serviço teria uma boa aceitação dentro do país onde pretende se estabelecer. Outro ponto importante, é ter conhecimento sobre a legislação e sobre a busca por parcerias na nova localidade, isto poderá facilitar a adaptação e melhoras os negócios. É necessário também avaliar o mercado e os possíveis concorrentes, para ver se existe espaço para seu produto ou serviço. Além disso, é essencial verificar os pontos que mais se adequam ao seu negócio, e ainda pesquisar sobre as condições comercias oferecidas.
Seguindo essas dicas, o processo de internacionalização tem mais chances de dar certo, e de gerar lucros para todas as partes envolvidas.