por Marcos Godinho | dez 7, 2018 | Franquias, Von Jess
Expandir
Quando uma empresa pretende se expandir através de um sistema de franquias, a primeira organização que deve ser pensada diz respeito a sua própria estrutura societária.
Nem sempre a detentora da marca pode ser a franqueadora, sem que haja uma alteração contratual com esse objetivo. Por vezes, a marca está registrada em nome de uma empresa que opera também uma ou mais unidades próprias da rede que pretende a expansão e não pode simplesmente agregar ao seu objeto social a atividade de franqueadora, sem que isso cause severos impactos tributários na operação de seu negócio.
Empresas
Portanto, comumente são criadas empresas especificamente com a finalidade de outorgar franquias, às quais é cedido o uso marca ou ela propriamente dita.
Em tempo de concorrência voraz, de um mundo globalizado, não dá para só pensar em processos. A operação tem que ser constantemente atualizada também de acordo com a demanda dos consumidores e essa percepção do negócio em si só quem opera efetivamente nele pode ter.
Nada contra a profissionalização. Nada contra a criação de uma estrutura societária com um planejamento fiscal efetivo que permita o seu crescimento e evolução. Porém, devo confessar que ainda sou partidária dos sistemas onde a franqueadora não é uma atividade em si mesma, é apenas uma parte do todo.
por Marcos Godinho | dez 6, 2018 | Franquias, Von Jess
Grupo Econômico
A expressão “grupo econômico” é extremamente vaga do ponto de vista jurídico e, por isso, sua aplicação dentro das relações negociais exige cautela para que não seja cometido nenhum abuso de direito.
Ocorre que, como tudo que não possui definição exata, é grande a possibilidade de interpretações equivocadas, exageradas ou distorcidas e, consequentemente, as injustiças que delas podem decorrer.
Franqueados e Franqueadoras
Franqueados que figuram como sócios e/ou operadores de mais de uma unidade franqueada têm servido como fundamento para que franqueadoras considerem todas as empresas operadas (ou não diretamente) por eles, como “participantes” de um mesmo grupo.
Usam por exemplo esse fundamento para bloquear pedidos de uma empresa, caso outra (da qual participe o mesmo sócio e/ou operador) esteja devendo ou questionando determinado pagamento entendido como abusivo ou indevido.
Algumas redes, detentoras de mais de uma marca, chegam ao absurdo de, unilateral e arbitrariamente, bloquear pedidos de franqueados, por títulos em aberto de outra empresa, que explora outra marca, independentemente do motivo
Fato é que nenhuma das questões que envolvem “pseudos grupos econômicos” pode ser tratada como regra absoluta. O caso concreto daquele franqueado, das empresas que ele participa, da relação com a franqueadora e com os fornecedores durante a contratação é que deve determinar a forma de agir da franqueadora.
por Marcos Godinho | dez 5, 2018 | Franquias, Von Jess
Tempos difíceis
Não é novidade que estamos vivendo tempos difíceis. e de crise. Nossa economia anda ruim e o varejo de forma geral tem sentido muito fortemente os efeitos dessa retração.
Empreender e crescer têm sido tarefa cada vez mais árdua e a necessidade de se estar atento as oscilações do mercado nunca foi tão grande.
A boa notícia é que, apesar desse cenário desfavorável, o franchising de forma geral vem mantendo seu crescimento continua sendo uma ótima opção para aqueles que pretendem seguir novos rumos e apostar em marcas consolidadas e sistemas pré-formatados.
O momento, contudo, pede atenção redobrada, sobretudo para aqueles que já estão desenvolvendo suas atividades e de alguma forma sentindo na pele os efeitos do recuo de nossa economia.
Crise
Não é hora de buscar culpados. A crise está atingindo a todos – franqueados e franqueadores – e o resultado ruim de uma operação não é necessariamente culpa de “alguém”.
A verdade é que quem já vinha mal agora teve a percepção que não sobreviverá a esse período “cinzento” e isso, por si só, não configura uma responsabilidade para a outra parte do contrato. Nas relações de franquia não há garantia de sucesso e, por vezes, a operação pode não vingar.
O importante é que, independente das dificuldades financeiras, a relação seja permanentemente avaliada. A franqueadora parceira, que atua pensando na rede, independente e apesar de qualquer crise, passará com seu franqueado por esse período turbulento. De outro lado, o franqueado tem que estar alerta para a saúde de seu negócio durante essa fase difícil.
Se em épocas boas, de consumo intenso, a avaliação constante do negócio, da relação e do significado essencial do conceito de parceria são fundamentais, em tempos de crise o bom senso e a transparência devem nortear a conduta das partes envolvidas na contratação.
por Marcos Godinho | dez 4, 2018 | Franquias, Von Jess
Negociações
Muito se fala atualmente sobre a inclusão nos contratos de franquia de cláusulas que definam a mediação e arbitragem como forma de resolução dos conflitos que podem decorrer deste tipo de relação, e nas negociações.
Muitos confundem a negociação com o procedimento de barganha utilizado normalmente quando as partes têm valores devidos e créditos a receber e não é sobre esse tipo de negociação que me refiro.
Por vezes, uma simples adequação de procedimento necessita ser “negociada” entre as partes para que seja recebida e implantada de forma eficaz.
É neste ponto, com essa intenção, que acredito que todos devem trabalhar. Acredito que, garantindo uma boa, intensa e frequente “negociação” dos interesses envolvidos durante a execução da relação contratual, a forma judicial ou extrajudicial para resolução de conflitos de interesses prevista contratualmente sequer precisará ser lembrada.
por Marcos Godinho | dez 3, 2018 | Franquias, Von Jess
Existe um segredo?
Não adianta mais pensar uma atividade, expandi-la por meio de franquias e simplesmente acreditar que tudo está feito. O mercado vem se modificando todo o tempo, coisas novas vêm surgindo e a necessidade de adequação é constante. Não existe segredo
Apresentar novidades, criar oportunidades de novos negócios, inventar aspectos atrativos que façam a diferença, incentivar a dedicação e comprometimento dos franqueados e, com isso, aumentar a visibilidade e reconhecimento das marcas passou a ser o que realmente importa.
É claro que as preocupações ainda existem. É claro que os resguardos contratuais devem estar sempre previstos, porém é claro também que lacrar o negócio a sete chaves não é absolutamente garantia de nada.
Explicando melhor. Uma grande rede com anos de atuação está passando por algumas dificuldades e, somando-se isso, ao cenário de retração de nossa economia, muitas de suas unidades vêm operando no vermelho
Pontos de vista
Obviamente, com a falta de faturamento, tudo se torna problema. Deficiências de operação da franqueadora que sempre existiram passam a afetar o negócio franqueado de forma cada vez mais impactante e a vontade de romper a relação e recompor de alguma forma os prejuízos sofridos passa a ser maior que tudo.
O franqueado que está saindo e partindo para esse novo negócio tem grande chance de estar trocando o seis por meia dúzia ou, quem sabe, de estar piorando ainda mais sua situação. A franqueadora que está começando já nasce doente, administrando um passado que sequer lhe pertence.
Tudo errado, sob todos os aspectos. Não há segredo de negócio capaz de fazer uma realidade como essa virar uma experiência de sucesso.
por Marcos Godinho | nov 30, 2018 | Comércio, Franquias, Von Jess
Crise na relação
Não é novidade que estamos vivendo tempos difíceis e de crise. Nossa economia anda ruim e o varejo de forma geral tem sentido muito fortemente os efeitos dessa retração.
Empreender e crescer têm sido tarefa cada vez mais árdua e a necessidade de se estar atento as oscilações do mercado nunca foi tão grande.
A boa notícia é que, apesar desse cenário desfavorável, o franchising de forma geral vem mantendo seu crescimento e continua sendo uma ótima opção para aqueles que pretendem seguir novos rumos e apostar em marcas consolidadas e sistemas pré-formatados difíceis.
O momento, contudo, pede atenção redobrada, sobretudo para aqueles que já estão desenvolvendo suas atividades e de alguma forma sentindo na pele os efeitos do recuo de nossa economia fazem os tempos difíceis.
Dificuldades financeiras
O importante é que, independente das dificuldades financeiras, a relação seja permanentemente avaliada. A franqueadora parceira, que atua pensando na rede, independente e apesar de qualquer crise, passará com seu franqueado por esse período turbulento. De outro lado, o franqueado tem que estar alerta para a saúde de seu negócio durante essa fase difícil.
Se em épocas boas, de consumo intenso, a avaliação constante do negócio, da relação e do significado essencial do conceito de parceria são fundamentais, em tempos de crise o bom senso e a transparência devem nortear a conduta das partes envolvidas na contratação.