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Tendências para 2021

O ano de 2020 foi atípico para dizermos o mínimo. A pandemia trouxe, além da crise sanitária e de saúde, um desafio sem precedentes para os negócios. Uma crise aguda nos mercados que afetou empresas de todos os ramos de atividades. O cenário foi – e ainda está sendo – desafiador para empresários franqueados e franqueadores. Contudo, tendências de negócios surgiram ao longo do novo normal e as franquias, como qualquer outro negócio, tiveram que se adaptar.

Os consumidores foram obrigados a mudar drasticamente seus hábitos de consumo acelerando um processo, até então gradual, de migração para o mundo digital. O e-commerce e delivery tiveram que ser aprendidos mesmo pelo mais tradicional comprador. Alia-se a isto, a nova forma de pagamento trazida pelo Banco Central do Brasil, o Pix. Muitas mudanças para serem absorvidas pelos empreendedores, suas empresas e suas equipes de trabalho.

Diante dessas novidades, muitas se destacaram e estão, aos poucos, sendo incorporadas como novos modos de gestão. Na maioria dos casos, redes inteiras estão tendo que modernizar seus processos de comunicação e atração de clientes. Muitas vezes, precisam ensinar para o seu público as novas regras do novo normal. Vamos conhecer aqui as mudanças mais adotadas por empresas em todos o país. Tome nota, pois você e sua franquia poderão, num futuro próximo, ter que adotar algumas dessas tendências.

1- Apps de Entrega

O setor de alimentação, maior ramo dentre as franquias, foi duramente afetado pela pandemia. A “solução” já existia no mercado há algum tempo, porém, foi adotada, na maioria das cidades, por grandes redes de fast food. O isolamento social e as proibições iniciais do atendimento presencial aos clientes, levou várias outras empresas de alimentação a migrarem para os aplicativos de entrega – ou delivery, como também são conhecidos. Até mesmo, as redes de supermercados se viram obrigadas a adotar os serviços de delivery por aplicativos.

Apesar da flexibilização das leis de isolamento social, a pandemia entrará 2021 adentro e dificilmente o delivery deixará de fazer parte dos hábitos de consumo do mercado. Quem antes não usava por desconhecimento ou desinteresse, hoje está acostumado a fazer seus pedidos e recebê-los em casa. Portanto, empresários do comércio em geral, se ainda não adotaram esse novo modelo de atendimento, pensem nisso o quanto antes, pois ele veio para ficar. É uma das tendências de negócios com mais chance de se tornar permanente principalmente entre os consumidores mais jovens.

2- Atendimento on-line / Aulas on-line

Franquias médicas, de personal fitness, de educação ou qualquer rede de serviços, cujo atendimento personalizado aos clientes foi severamente afetado pela pandemia, viram na tecnologia de vídeo-chamadas a solução para continuarem atendendo a sua clientela. O impacto foi tanto que, no setor médico, o governo aprovou em tempo recorde a legislação para vídeo consultas.

Redes de educação, como cursos de idiomas, cursos técnicos e profissionalizantes também adaptaram suas estruturas para oferecer seus serviços aos clientes e garantir o faturamento no final do mês. Era mudar rapidamente ou fechar as portas.

No caso específico da área de educação, cursos à distância vinham crescendo há anos no país, porém concentrados em cursos de graduação e pós-graduação. No cenário de pandemia, essa modalidade expandiu-se também para as áreas citadas acima. Outra curiosidade: empresários perceberam que na modalidade de atendimento on-line não existem barreiras físicas ou geográficas. O óbvio ficou evidente e oportunidades para atender novos clientes estão surgindo em qualquer lugar do país e do mundo.

3- Trabalho remoto

Seguramente, a mudança mais evidente trazida pela pandemia. O trabalho remoto – também chamado por aqui de home office – tornou-se uma necessidade, uma imposição às empresas e a suas forças de trabalho sem precedente na história moderna. Essa mudança de paradigma foi tão profunda que está reestruturando modelos de negócios sedimentados há gerações.

Gestores perceberam que a adoção do home office, quando possível, diminui custos pois espaços físicos com caros aluguéis não são mais necessários, que viagens podem ser substituídas por reuniões on-line com custos reduzidíssimos. Claro, nem todos os modelos de negócios permitem a adoção do trabalho remoto para a equipes, mas nos setores como consultorias, agências de publicidades, empresas de T.I. entre tantos outros, a adoção não só é possível como totalmente factível e sem perda de produtividade. Essa é, com certeza, uma das mais fortes tendências de negócios para 2021.

4- Pagamentos digitais

Empresas devem adotar cada vez mais o meio de pagamento digital. A novidade foi impulsionada, sem dúvida, pelo lançamento do Pix pelo Banco Centro do Brasil. A nova modalidade de pagamento tem custo zero para pessoas físicas e é muito mais barato e ágil para pessoas jurídicas que os antigos TED e DOC.

Embora ainda pouco usado nas lojas físicas, o Pix está sendo adotado nas plataformas digitais com uma velocidade que surpreendeu até mesmo os técnicos do BC. Contudo, os pagamentos digitais não vão ficar por aí. O WhasApp, que é do Facebook, garantiu que em 2021 vai voltar com o pagamento digital pelo app de mensagens. Lembrando que a primeira tentativa do WhasApp foi barrada pelo BC por não cumprir as normas determinadas pela instituição. Outras empresas também estão no páreo, como a Pic Pay, PayPal e Pag Seguro entre outras.

O WhatsApp é um assunto à parte. Hoje em dia, o app já é a principal plataforma de atendimento a clientes de várias empresas de grande porte, adotada por bancos e até pelo Governo Federal. Ou seja, a introdução da modalidade de pagamento é fortíssima tendência a ser observada pelo mercado.

5- Influenciadores digitais

Embora não sejam novidade, os influenciadores digitais tiveram uma importância significativa na pandemia.  Eles solidificaram suas influências a partir do momento em que as pessoas estavam em casa e passaram a consumir conteúdo digital como nunca. Mesmo que por “forças externas”, a audiência aumentou; e com audiência maior, maior a influência – e o cachê – dessas personalidades digitais.

Setores, como saúde e beleza, por exemplo, são hoje dominados por eles. São vendedores digitais com forte poder de amplificar a mensagem da marca. Com a restrição de circulação das pessoas, muitos desses influenciadores vão nas lojas e demonstram os produtos que os consumidores querem comprar. Muitos fazem lives ou gravam vídeos nas suas casas mesmo usando os produtos enviados pelas empresas. Uma versão moderna dos apresentadores dos canais de vendas surgidos por aqui nos anos 90 com uma vantagem: a credibilidade dos influenciadores endossa (ou não) ao seu público a qualidade do produto. Alguns não os consideram tendências de negócios e sim um canal mídia consolidado. Mas, como foram novidade para uma grande parte da população, acredito ser uma tendência para 2021.

Casos curiosos surgiram, como o do dono de uma loja de bugigangas para o lar no Saara, comércio popular no Rio de Janeiro. No auge da pandemia e sem poder receber clientes, ele, desesperado e sem poder vender, teve a ideia de levar a esposa e a filha para a loja e começou a mostrar os produtos em lives no Instagram. O negócio deu tão certo que hoje a loja retomou as vendas transformando-se num e-commerce de sucesso. A crise despertou a criatividade e a loja não fechou as portas. As redes sociais são poderosas aliadas para empresários que entendem a sua linguagem. As lives do comerciante digital influencer continuam, claro.

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