Há pouco mais de um ano conheci um franqueador que, pessoalmente, muito me encantou. Um jovem super motivado, comunicativo, vendedor nato, com um instinto natural de empreendedor e uma enorme vontade de vencer.
Sempre procuro conversar o máximo com meus clientes sobre os todos os seus pensamentos e todas as suas visões sobre o negócio que ele está considerando abrir.
Neste caso específico, lembro-me que, depois de nossa conversa, após saciar minha talvez deselegante curiosidade, infelizmente, tive a exata percepção de que, não obstante o perfil empreendedor daquele rapaz, no máximo em 1 ano ele teria problemas com sua rede de franquias.
Pelo que ele me contou, todo o seu negócio estava baseado na sua imaginação e não em dados concretos. Ele jamais operou pessoalmente uma unidade com a sua marca. Jamais esteve à frente de uma operação. Jamais atendeu um cliente ou viveu o dia-a-dia comercial de uma loja. Ou seja. Ele teve uma ideia sobre um formato de atividade, criou um layout em computador e com sua extrema habilidade para se relacionar saiu negociando suas ideias em formato de franquias.
Como previ, menos de um ano se passou e os problemas já começaram a acontecer e de uma forma que, sob o meu ponto de vista, não será possível reverter.
Franquear ideias (por melhores que sejam) potencializa os riscos envolvidos na contratação. A rigor, quando o que se tem é apenas uma ideia, nada há ser repassado ao franqueado. Quando a atividade está apenas no aspecto subjetivo e não existe concretamente, não há know-how detido pela franqueadora. Não há sistema de negócios formatado. Aquela atividade não deu certo em lugar nenhum e há uma grande chance de não dar certo também para os franqueados.