por Marcos Godinho | nov 23, 2018 | Comércio, Franquias, Von Jess
Com os números expressivos do franchising nacional, não é de se espantar que a cada ano apareçam novas ideias sobre negócios a serem expandidos através deste tipo de sistema.
A verdade é que, de fato, a maioria das atividades empresariais pode ser formatada para expansão através de franquias. Compra e venda de produtos, prestação de serviços de todo tipo, vendas virtuais, ensino de idiomas, educação em geral etc.
No entanto, é muito importante que sempre sejam levados em consideração os exageros de avaliação. Todos aqueles que detêm marcas já estabelecidas e um sistema de negócios eficiente têm uma tendência a supervalorizar sua atividade e sua empresa. Muitos consideram que , ao se tornarem franqueadores, terão súditos, seguidores, governados, em vez de franqueados e, com isso, se sintam acima do bem e do mal.
Com este sentimento, existe uma grande chance da empreitada não dar certo principalmente se o novo franqueador desconsiderar que se trata de um novo negócio totalmente diferente da sua operação original e que o franqueado não seguirá simplesmente suas informações e modo de trabalhar. Haverá questionamento, haverá discordância e sempre será necessário gerenciar a “nova” relação de franquia
Estou vivendo exatamente um caso assim, representando um franqueado em ação judicial proposta pela franqueadora, onde o que se pretende na realidade é “privatizar” a venda de hambúrguer, cachorro quente, salada, sanduiche americano e etc.
O franqueado possui mais de 10 anos de operação, de um negócio que iniciou junto com a franqueadora, cuja marca sequer era conhecida no shopping onde se instalou. No curso do contrato ele investiu no local, adquiriu o imóvel, incrementou a operação e, especificamente neste caso, muito pouco contou com o apoio da franqueadora.
Ocorre que, com o término do prazo contratual, a franqueadora, visualizando que o território do franqueado estava muito bem trabalhado, decidiu por não renovar seu contrato e, com isso, “pretende” impedi-lo de permanecer no mesmo ramo de atividade.
Obviamente, diante das peculiaridades do caso concreto, onde diversas obrigações da franqueadora haviam sido desconsideradas durante a contratação, minha orientação foi no sentido de que houvesse completa descaracterização da unidade para prosseguimento de suas atividades
Não basta ter uma ideia para “privatizá-la”. Para que a personalize, há necessidade de claros traços distintivos. Negócio que não pode ser distinguido não justifica vedação de concorrência.
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Franqueando ideias
por Marcos Godinho | nov 21, 2018 | Comércio, Destaque, Franquias, Von Jess
A realidade de franqueados que investiram tudo que tinham e viram suas expectativas se frustrarem em redes de franquias sem potencial é muito comum. Não adianta investir em uma rede de franquias sem preparo e sem condições de oferecer suporte, e muito menos retorno.
Melhor explicando. Quando alguém resolve investir suas economias em um negócio, deve fazer isso, cercando-se de todos os cuidados possíveis. Acreditar em um sonho e nas promessas dos outros não pode ser determinante para se tomar a decisão. Pesquisar redes, consultar franqueados e seus resultados financeiros, questionar a solidez da marca e sua forma de trabalhar, é o mínimo que um candidato deve fazer.
Não se pode comprar uma franquia sem considerar que o que se está fazendo é um negócio e, portanto, está sujeito a riscos, ao mercado e a conjuntura econômica.
Desconfiar de quem promete resultado, de quem garante sucesso é básico para contratar com qualquer franquia. Ninguém que oferece um negócio pode garantir que ele dará certo e, da mesma forma, quem o compra não pode aceitar essa garantia como verdade absoluta.
Franquias tendem a minimizar os riscos do negócio, mas não são, por si só, garantias de sucesso. Portanto, cada um sempre deve fazer a sua parte, porque, depois do dinheiro investido, simplesmente culpar o franqueador com certeza não irá reverter ou minimizar o prejuízo.
por Marcos Godinho | nov 19, 2018 | Comércio, Franquias, Von Jess
O termo virada de bandeira é utilizado no mundo das franquias como sinônimo de deslealdade e traição. Pode ocorrer de ambos os lados, seja do franqueado para o franqueador ou vice versa. O termo é posto em prática quando qualquer uma das partes não cumpre aquilo que foi combinado no contrato. O dever de zelar pela contratação e de agir com boa-fé vale para ambos.
Ninguém está livre de sofrer com a má-fé alheia, mas quem age fundamentado nela arma seu oponente. Diante disso, apesar da decepção provocada, resta buscar o direito como forma de fazer valer aquele contrato que foi, durante todo seu curso, intensamente preservado e cumprido para que, ao final, a boa-fé prevaleça.
por Marcos Godinho | nov 12, 2018 | Comércio, Franquias, Von Jess
Nós da Von Jess & Advogados, gostaríamos de parabenizar a todos os donos de supermercados do Brasil. Desejamos muito lucros e felicidades neste ano.
Queremos que saibam que estamos aqui para disponibilizar qualquer tipo de ajuda ou consultoria de franquia que precisarem.
por Marcos Godinho | nov 7, 2018 | Comércio, Franquias, Von Jess
Cada vez é mais comum que as grandes redes de franquia diversifiquem seus negócios criando dentro do mesmo segmento que atuam outras marcas para atingir um público diferenciado ou para vender produtos distintos.
A princípio não há qualquer problema nisso. Pelo contrário. Quanto mais forte e capitalizada a franqueadora, melhor para sua rede de franqueados, pois tudo tenderá a ser mais bem feito.
O problema ocorre quando os franqueados passam a enxergar nessa segunda marca, um concorrente direto.Isto porque, a princípio, do ponto de vista contratual, não há território a ser resguardado quando as marcas são distintas e, na visão da maioria das franqueadoras, a expansão de uma não tem necessariamente a ver a com a da outra.
Há casos que realmente não tem. No mundo da moda, existem empresas que exploram dentro do segmento de vestuário feminino, públicos completamente diferentes e, assim, podem ter suas lojas literalmente grudadas, o que não faz a menor diferença entre eles.
Mas quando o segmento é o mesmo, o público se mistura e o que muda essencialmente é apenas o conceito? Não há nesses casos como não pensar na expansão levando-se em conta os franqueados já existentes na primeira marca.
Fato é que, seja qual for o caso concreto, o pensamento da franqueadora deverá sempre ser global e sopesar todos os aspectos envolvidos nas relações já estabelecidas, sem desconsiderar que o ‘novo’ negócio envolve muito mais do que somente a criação de mais uma marca.
por Marcos Godinho | nov 7, 2018 | Comércio, Destaque, Franquias, Von Jess
Um dos aspectos mais importantes no mundo das franquias é o modelo de negócio x localização do ponto comercial. Simplesmente, o formato trabalhado pela franqueadora em todas as suas unidades deve se adequar ao perfil do público daquela região determinada.
Caso a localização for ruim, mudanças precisarão ser feitas. Serão necessárias adaptações para tornar o modelo de negócio, mais atrativo para o consumidor daquela região. Além de torna-lo mais competitivo dentro do mercado desse mesmo território.
Para evitar este tipo de problema, os franqueados devem fazer um estudo muito grande sobre a localização de seu negócio, antes de implanta-lo. Escolher um ponto ruim, pode custar muito dinheiro e gerar muitas discussões entre franqueador e franqueado, atrapalhando muito o empreendimento.
Portanto, podemos concluir que o estudo profundo sobre todos os aspectos de seu futuro negócio, é mais do que recomendável, é essencial.