Muitos empreendedores que desejam abrir franquias, buscam pela informação sobre o retorno do investimento. Mas, na maioria das vezes, confudem esse conceito com outro: o payback. Apesar de ambos serem importantes para o acompanhamento do dinheiro investido no negócio, eles são ligeriramente diferentes. Confira abaixo o que especificamente representa cada um.
PAYBACK
Payback significa o tempo de retorno do investimento, sendo um dos principais indicadores a serem checados para o bom funcionamento das empresas. Com o termo técnico de breakeven, esse retorno representa o tempo decorrido entre o investimento no negócio e o momento no qual o lucro acumulado se iguala ao montante que foi investido. Vale ressaltar que, em relação às franquias, quase 64% apresentam um payback entre 18 e 24 meses, um número muito favorável para franquias.
ROI
O ROI significa o retorno sobre o investimento de um negócio. Muitos o confundem com o payback, que é medido em tempo. Ambos são índices comparativos referentes ao retorno sobre o investimento, mas a função, especificamente, do ROI em empresas, é prever se vale a pena ou não investir um valor em determinado produto ou serviço, visto que é possível saber qual será o retorno do valor investido.
Em outras palavras, o ROI é um índice que é calculado diminuindo o valor investido pelo ganho obtido e dividindo novamente pelo valor investido, tudo multiplicado por cem. Sua fórmula é simples e fica assim:
ROI = [(ganho obtido – valor do investimento) / valor do investimento] * 100
Já o payback é medido em tempo. Colocando na fórmula, fica assim:
PAYBACK = total investido / lucro líquido
EM NÚMEROS
Por exemplo, imagine que ao comprar uma franquia, o valor total investido tenha sido de R$450.000,00 e a unidade tem um lucro liquido mensal de R$18.000,00. Vamos calcular o payback. Lembre-se ele é medido em tempo, neste caso, em meses. Vamos lá:
PAYBACK = 450.000 / 18.000 PAYBACK = 25 meses
Para calcularmos o índice de todo investimento, é necessário estipularmos um período. Como exemplo, vamos determinar 50 meses. Vamos agora calcular o ROI nesse período lembrando que o lucro líquido por mês é de R$18.000,00, então temos:
50 meses * 18.000 = 900.000 ROI = [(900.000- 450.000) / 450.000)] * 100 ROI = [1] * 100 ROI = 100%
Concluímos que esta franquia fictícia com investimento de R$450.000,00 possui um payback de 25 meses e com o retorno sobre o investimento de 100% em 50 meses (4 anos e 2 meses).
Os dados apresentados estão bastante simplificados. Nosso intuito aqui é tirar a sua dúvida sobre esses índices e clarear as coisas quando falamos de investimento e negócios. Outras questões devem ser levadas em conta antes de se abrir um negócio próprio como custos operacionais, capital de giro, taxa de juros, impostos entre outros.
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No próximo dia 26 de março, a Nova Lei de Franquias (Lei n.º 13.966/2019) completa um ano. Promulgada pelo atual presidente, ela veio substituir a Lei nº 8.955/94 até então vigente, que regulamentava os parâmetros legais do mercado de Franquias no país. Claro que a nova lei obrigou os franqueadores a revisarem suas normas de conduta e instrumentos jurídicos e adequá-los a nova lei.
Mas o que, de fato, mudou?
Assim como já era regulamentado, a Nova Lei de Franquias mantém o Contrato de Franquia como o principal instrumento jurídico para regular a relação entre franqueadores e franqueados, no qual são dispostos os termos e condições acordados entre as partes. Incrementar mais transparência nas informações da Circular de Oferta de Franquia (COF), formalizar questões já fixadas na jurisprudência brasileira e esclarecer pontos de atrito são as principais mudanças.
Novas informações devem constar na COF, tais como:
regras de transferência ou sucessão;
quotas mínimas de compra junto ao franqueador, se houver;
regras de concorrência territorial entre unidades próprias e franqueadas;
prazo contratual e condições de renovação;
existência ou não de conselho ou associação de franqueados;
penalidades, multas e indenizações.
Também em favor da transparência, foi ampliado de 12 para 24 meses o histórico com informações de franqueados desligados da rede de franquia.
Outra questão importante e bastante controversa que a Nova Lei de Franquia buscou resolver diz respeito à sublocação do ponto comercial do franqueador para o franqueado. Nesses casos, qualquer uma das partes poderá propor ação renovatória do contrato de locação, sendo que o valor pago pelo franqueado pode ser superior ao que a franqueadora paga ao proprietário do imóvel. É obrigatório que tal informação esteja presente na COF e que não onere em excesso o franqueado.
Questões trabalhistas também foram regulamentadas pela Nova Lei de Franquias e dão mais segurança jurídica para ambas as partes. A lei confirma a ausência de vínculo trabalhista entre os empregados do franqueado e o franqueador, assunto já consolidado pela jurisprudência, mas que dá segurança jurídica e esclarece de forma definitiva esta questão tão espinhosa.
Após um ano de promulgada, a Nova Lei de Franquia veio para modernizar questões legais que estavam ultrapassadas e desatualizadas e dar segurança jurídica aos negócios entre franqueados e franqueadores. Muito importante para um setor da economia que, mesmo com crises econômicas e sanitárias, continua em pleno crescimento.
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Mulheres empreendedoras precisam superar muito mais do que os duros desafios de se abrir um negócio próprio. Por sermos mulheres, o preconceito aliado à crença de que “mulher não entende de negócio” são obstáculos a mais que normalmente os homens não têm que encarar. Por conta disso, eu acredito que todas as mulheres que conseguem ser bem-sucedidas em seus negócios, merecem destaque e reconhecimento.
No último dia 3 de março, a Associação Brasileira de Franchising, ABF, divulgou o ranking das 50 maiores redes de franquias do país. O Boticário ocupa a primeira posição em número de lojas (3.620), seguido do McDonald’s (2.567) e da Cacau Show (2.371). Porém, um dado me chamou a atenção nessa massa de informações: o número de mulheres liderando redes de franquias saltou de 8% para 11%.
À primeira vista, parece ser um pequeno crescimento, mas duas premissas devem ser levadas em conta. Primeira: esses dados referem-se às maiores redes de franquias do Brasil, ou seja, as microfranquias – investimentos de até 90 mil reais – não aparecem aqui (as duas listas estão no final deste artigo). Segunda: a participação feminina no comando das maiores franquias brasileiras vem crescendo desde 2004, quando esses dados passaram a ser considerados.
Ou seja, nós mulheres estamos gradativamente aumentando a nossa participação no franchising. Não acredita? Então conheça a série de vídeos da influenciadora digital, escritora e consultora em finanças Nathalia Arcuri. Com o título Mulheres Que Mudam o Mundo, Nathalia nos apresenta empreendedoras de sucesso que criaram seus negócios com perspicácia, senso de oportunidade, visão e trabalho, muito trabalho. Além de tudo, venceram o preconceito e não abriram mão de serem esposas, mães e chefes de família.
Neste Mês da Mulher, vale a pena conhecer essas histórias incríveis de mulheres que foram à luta e hoje lideram suas empresas e suas redes de franquias. Os links para os episódio estão logo abaixo. E, como prometido, seguem as tabelas das 10 maiores franquias e microfranquias do Brasil em 2020.
Em um artigo recente que escrevi aqui no blog vimos que o dono ou dona precisa preparar a sua empresa para que ela se torne franqueável e, desta forma, expandir o negócio por meio de uma rede de franquias.
Com o negócio estabelecido como franquia, o próximo passo é a atração de novos empreendedores com o perfil certo para tornar-se parceiro da sua marca. Em outras palavras, você, franqueador, terá que “vender” o seu negócio para as pessoas dispostas a empreender com você.
Lembre-se, franquia é parceria e, como tal, tem que ser uma relação ganha-ganha para ambos os lados. Mas, como achar a empreendedora ou o empreendedor correto para ser meu franqueado? Vamos ver aqui cinco dicas que irão te ajudar nessa busca.
1- Tudo começa pela COF
A Circular de Oferta de Franquia, COF, é o principal documento no primeiro contato com possíveis franqueados. Nela, devem estar dispostos todas as informações referentes a operação, investimento, cotas de marketing e royalties da sua franquia. A COF deve apresentar dados realistas para cenários realistas. Dados inflados ou otimistas demais poderão gerar expectativas frustradas no futuro para o seu franqueado. O que, de fato, não ajudará em nada na expansão no negócio.
Por conta disso, que a COF deva ser feita por profissionais especialistas em franquias para problemas como esse ou até mesmo jurídicos não ocorram entre as partes envolvidas. Portanto, comece certo e certifique-se que todos os processos estejam estabelecidos, COF e contratos, corretos.
2- Trace metas e objetivos de expansão
Mesmo com um modelo de negócio formatado e maturo, é necessário ter um planejamento de expansão. O franqueador precisa ter foco para não dar um passo maior que a perna durante esse processo. Esse é, na verdade, um erro muito comum principalmente em franquias jovens. Crescer não levando em conta os distanciamentos geográficos de outras praças, por exemplo, eleva os custos substancialmente. Portanto, é necessário cautela e planejamento.
Uma boa estratégia de crescimento é o conceito de crescimento em espiral. Como a próprio nome diz, é o crescimento que parte do centro e vai aumentando gradativamente. É crescer “perto de casa” e expandindo a área de atuação aos poucos. A grande vantagem dessa estratégia consiste em atrair franqueados locais que já estão familiarizados com a marca. Além de ser financeiramente mais viável.
A estratégia do crescimento em espiral não se restringe apenas a região em torno da matriz da franqueadora. Pode também ser utilizada na expansão de novas áreas como outra grande cidade ou uma nova capital. Sempre levando em conta a viabilidade financeira e operacional da rede.
3- Tenha canais de comunicação com seus franqueados
Como já dissemos, franquia é parceria. Veja o seu franqueado como um parceiro disposto a crescer junto com você e o seu negócio. A boa comunicação entre franqueador e franqueado garante a saúde da rede e a torna mais atrativa para que outros investidores queiram fazer parte do time vencedor.
Numa relação de negócios, não há mundo cor de rosa. Problemas e conflitos fazem parte do cotidiano das relações empresariais. A diferença está em saber como lidar com esses problemas. Transparência na comunicação e a busca da solução de conflitos gera confiança e respeito na relação franqueador – franqueado.
Outra estratégia muito boa é gerir um canal de comunicação que permita a troca de informações entre franqueados, podendo coletar insights para o negócio como um todo. Franqueadores sabem que muitas das inovações para o negócio vem de seus franqueados.
4- Construa estratégia de presença digital
A presença digital nos dias de hoje, não se refere apenas a obrigatoriedade de ter um site e estar persente nas redes sociais. Vai muito além disso. Precisamos ter uma estratégia bem definida de como trabalhar cada um dos canais digitais existentes, pois cada um tem características e públicos bem distintos.
Por exemplo, o site normalmente é a referência para informações corporativas e apresentação dos serviços e/ou produtos da empresa, mas pode também ser usado como canal de prospecção de novos clientes por meio de landing-pages e formulários de contato. O WhatsApp pode ser usado como atendimento a clientes e fornecedores e o Instagram pode ser o local para que franqueados compartilhem suas experiências do dia a dia da rede.
Não sou especialista em estratégias digitais e, caso essa também seja a sua realidade, aconselho contratar uma agência de marketing digital. Eles têm os profissionais que vão saber definir a estratégia ideal dentro do seu orçamento. O importante é não deixar de fazê-lo.
5- Participe de feiras de franquias
As feiras de franquias são ótimas para apresentar a sua empresa para o público correto. Embora não seja o local ideal para “fechar negócios”, são eventos muito bons para saber como está a temperatura do mercado. O bom das feiras está em conhecer como outras redes de franquias “vendem” suas marcas, identificar as melhores práticas e comparar valores.
Gostou das nossas dicas? O objetivo desse artigo é apontar para você insights que, às vezes, pode passar despercebido. Em todos esses passos, é bom ter profissionais especializados para orientá-lo nas principais decisões.
Comente aqui em abaixo o que você achou dessas dicas. Se tiver outras ideias, compartilhe conosco. Caso queira saber mais sobre o universo das franquias, clique aqui e baixe gratuitamente o livro Franchising no Brasil. Aproveite.
Mesmo em momentos de crise, o mercado de franquias no Brasil vem mostrando força com crescimento de faturamento ano a ano com taxas entre 6% a 7%. Mesmo no ano de 2020, assolado pela pandemia do novo corona vírus e com a necessidade do isolamento social, a previsão de crescimento está na casa dos 8%, segundo dados da ABF, Associação Brasileira de Franchising. Isto porque, mesmo com a queda drástica de alguns setores, como vestuário, serviços e até alimentação, outras áreas tiveram crescimentos expressivos como o delivery – com crescimento acima dos 105% – cursos e vendas on-line. Portanto, é natural que empresários queiram saber se tem um negócio franqueável.
Empreendedores veem uma demanda reprimida que pode ser a esperada oportunidade para expandirem seus negócios. Como os números mostrados acima apontam, franquear seu empreendimento pode ser a melhor ideia para o crescimento da empresa e expansão da sua marca. Mas aí vem a pergunta: como saber se meu negócio é FRANQUEÁVEL?
Para isso, preparamos dicas rápidas que você pode aplicar no seu negócio, confira.
1. Avaliar a maturidade da empresa
Quando pensamos em expandir o negócio através do sistema de franquias, temos que pensar na maturidade desse negócio. Ou seja, é fundamental que a empresa já tenha uma presença sólida no mercado, uma clientela que confia no produto/serviço e cujo modelo de gestão seja comprovadamente de sucesso.
O gestor tem que saber com clareza todos índices e informações referentes a operação do negócio como: fluxo de caixa, custos diretos e indiretos, custo da mão-de-obra, margem de lucro, custos financeiros, legislação. Ter todas essas informações na ponta da língua é o primeiro passo para estruturar e padronizar processos. Vamos ver isso a seguir.
2. Processos de gestão estruturados
Para pensar no franqueamento do negócio, estruturar os processos é o alicerce que permitirá a expansão da sua empresa e a padronização da gestão. Estamos falando em ter métodos muito bem definidos para operações como vendas, controle de caixa, recrutamento e seleção só para citar alguns.
Essa estruturação é fundamental para preparar o seu negócio em um modelo que pode ser replicado. A isto se chama “modelagem de negócio” e, como já falamos, é a base sobre a qual a rede de franquia irá se erguer.
3. Padronização da marca, do atendimento e do produto/serviço
Padrão é tudo para uma empresa que deseja ampliar os negócios por meio de franquias. Você, empresário, tem que ter em mente que a força da rede está exatamente na replicação do seu modelo de negócios em qualquer praça, cidade ou país. As pessoas precisam olhar para qualquer unidade, produto ou marca e identificar imediatamente que se trata da sua empresa. Em outras palavras, a padronização faz parte do processo de modelagem de negócio que falamos acima.
Embora não seja obrigatório, fica mais fácil padronizar seu negócio quando você já tem outras unidades próprias antes de partir para a expansão por meio de franquias. Desta forma, você pode aplicar a padronização na sua empresa identificando e corrigindo problemas; avaliar se o modelo de negócio tem desempenho similar em outros locais e estudar, em escala menor, como seu negócio funciona em rede.
4. Ter uma unidade piloto
A unidade piloto será a unidade que abrigará todos os procedimentos e processos que serão vendidos para os futuros franqueados. Esta unidade terá que ter toda a padronização visual – que vai da marca às cores da unidade passando por uniformes, impressos etc. – padronização de atendimento, de produtos/serviços, maquinário e tudo que envolve o processo de franqueamento da empresa.
Ela será a vitrine do seu negócio franqueável. Cabe a unidade piloto mostrar ao mercado que empreender na sua rede vale o investimento. Também servirá como “laboratório de teste” para práticas de gestão, aplicação de procedimentos e técnicas que vão ajudar a definir como uma unidade franqueada irá funcionar. Após testar, as ferramentas oferecidas aos futuros franqueados e acompanhamentos realizados irão se tornar mais assertivos, contribuindo para a implementação em toda rede.
5. Ter uma assessoria técnica e jurídica
Todo o processo de preparação para se tornar uma rede de franquias envolve diversas etapas de implementação, conhecimento técnico e empresarial e preparação jurídica da empresa. Portanto, é uma decisão que precisa contar com a consultoria de especialistas com experiência de mercado para que o sonho de expansão do negócio torne-se realidade.
É importante falar que o mercado de franquias no Brasil é regulamentado. Cabe a franqueadores e franqueados direitos e deveres que precisam ser cumpridos dentro da lei para que se tenha uma parceria de sucesso.
Conclusão
A ideia desse artigo é mostrar que expandir o negócio através de franquias é uma decisão que precisa ser tomada com base em vários critérios técnicos e jurídicos e, acima de tudo, requer uma mudança de comportamento dentro da sua empresa e do próprio dono. E, quando as etapas são cumpridas, o crescimento é praticamente garantido.
Você, empresário, precisa saber que iniciar uma rede franqueadora requer tempo, paciência e muito trabalho. Os anos iniciais são especialmente desafiadores requerendo foco e resiliência até que a modelagem do negócio encontre um plano operacional ideal para ser implementado e replicado.
Veja o que diz esse vídeo do Canal Me Poupe, da Nathalia Arcuri, sobre o mercado de franquias e como saber se seu negócio é franqueável.
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O ano de 2020 foi atípico para dizermos o mínimo. A pandemia trouxe, além da crise sanitária e de saúde, um desafio sem precedentes para os negócios. Uma crise aguda nos mercados que afetou empresas de todos os ramos de atividades. O cenário foi – e ainda está sendo – desafiador para empresários franqueados e franqueadores. Contudo, tendências de negócios surgiram ao longo do novo normal e as franquias, como qualquer outro negócio, tiveram que se adaptar.
Os consumidores foram obrigados a mudar drasticamente seus hábitos de consumo acelerando um processo, até então gradual, de migração para o mundo digital. O e-commerce e delivery tiveram que ser aprendidos mesmo pelo mais tradicional comprador. Alia-se a isto, a nova forma de pagamento trazida pelo Banco Central do Brasil, o Pix. Muitas mudanças para serem absorvidas pelos empreendedores, suas empresas e suas equipes de trabalho.
Diante dessas novidades, muitas se destacaram e estão, aos poucos, sendo incorporadas como novos modos de gestão. Na maioria dos casos, redes inteiras estão tendo que modernizar seus processos de comunicação e atração de clientes. Muitas vezes, precisam ensinar para o seu público as novas regras do novo normal. Vamos conhecer aqui as mudanças mais adotadas por empresas em todos o país. Tome nota, pois você e sua franquia poderão, num futuro próximo, ter que adotar algumas dessas tendências.
1- Apps de Entrega
O setor de alimentação, maior ramo dentre as franquias, foi duramente afetado pela pandemia. A “solução” já existia no mercado há algum tempo, porém, foi adotada, na maioria das cidades, por grandes redes de fast food. O isolamento social e as proibições iniciais do atendimento presencial aos clientes, levou várias outras empresas de alimentação a migrarem para os aplicativos de entrega – ou delivery, como também são conhecidos. Até mesmo, as redes de supermercados se viram obrigadas a adotar os serviços de delivery por aplicativos.
Apesar da flexibilização das leis de isolamento social, a pandemia entrará 2021 adentro e dificilmente o delivery deixará de fazer parte dos hábitos de consumo do mercado. Quem antes não usava por desconhecimento ou desinteresse, hoje está acostumado a fazer seus pedidos e recebê-los em casa. Portanto, empresários do comércio em geral, se ainda não adotaram esse novo modelo de atendimento, pensem nisso o quanto antes, pois ele veio para ficar. É uma das tendências de negócios com mais chance de se tornar permanente principalmente entre os consumidores mais jovens.
2- Atendimento on-line / Aulas on-line
Franquias médicas, de personal fitness, de educação ou qualquer rede de serviços, cujo atendimento personalizado aos clientes foi severamente afetado pela pandemia, viram na tecnologia de vídeo-chamadas a solução para continuarem atendendo a sua clientela. O impacto foi tanto que, no setor médico, o governo aprovou em tempo recorde a legislação para vídeo consultas.
Redes de educação, como cursos de idiomas, cursos técnicos e profissionalizantes também adaptaram suas estruturas para oferecer seus serviços aos clientes e garantir o faturamento no final do mês. Era mudar rapidamente ou fechar as portas.
No caso específico da área de educação, cursos à distância vinham crescendo há anos no país, porém concentrados em cursos de graduação e pós-graduação. No cenário de pandemia, essa modalidade expandiu-se também para as áreas citadas acima. Outra curiosidade: empresários perceberam que na modalidade de atendimento on-line não existem barreiras físicas ou geográficas. O óbvio ficou evidente e oportunidades para atender novos clientes estão surgindo em qualquer lugar do país e do mundo.
3- Trabalho remoto
Seguramente, a mudança mais evidente trazida pela pandemia. O trabalho remoto – também chamado por aqui de home office – tornou-se uma necessidade, uma imposição às empresas e a suas forças de trabalho sem precedente na história moderna. Essa mudança de paradigma foi tão profunda que está reestruturando modelos de negócios sedimentados há gerações.
Gestores perceberam que a adoção do home office, quando possível, diminui custos pois espaços físicos com caros aluguéis não são mais necessários, que viagens podem ser substituídas por reuniões on-line com custos reduzidíssimos. Claro, nem todos os modelos de negócios permitem a adoção do trabalho remoto para a equipes, mas nos setores como consultorias, agências de publicidades, empresas de T.I. entre tantos outros, a adoção não só é possível como totalmente factível e sem perda de produtividade. Essa é, com certeza, uma das mais fortes tendências de negócios para 2021.
4- Pagamentos digitais
Empresas devem adotar cada vez mais o meio de pagamento digital. A novidade foi impulsionada, sem dúvida, pelo lançamento do Pix pelo Banco Centro do Brasil. A nova modalidade de pagamento tem custo zero para pessoas físicas e é muito mais barato e ágil para pessoas jurídicas que os antigos TED e DOC.
Embora ainda pouco usado nas lojas físicas, o Pix está sendo adotado nas plataformas digitais com uma velocidade que surpreendeu até mesmo os técnicos do BC. Contudo, os pagamentos digitais não vão ficar por aí. O WhasApp, que é do Facebook, garantiu que em 2021 vai voltar com o pagamento digital pelo app de mensagens. Lembrando que a primeira tentativa do WhasApp foi barrada pelo BC por não cumprir as normas determinadas pela instituição. Outras empresas também estão no páreo, como a Pic Pay, PayPal e Pag Seguro entre outras.
O WhatsApp é um assunto à parte. Hoje em dia, o app já é a principal plataforma de atendimento a clientes de várias empresas de grande porte, adotada por bancos e até pelo Governo Federal. Ou seja, a introdução da modalidade de pagamento é fortíssima tendência a ser observada pelo mercado.
5- Influenciadores digitais
Embora não sejam novidade, os influenciadores digitais tiveram uma importância significativa na pandemia. Eles solidificaram suas influências a partir do momento em que as pessoas estavam em casa e passaram a consumir conteúdo digital como nunca. Mesmo que por “forças externas”, a audiência aumentou; e com audiência maior, maior a influência – e o cachê – dessas personalidades digitais.
Setores, como saúde e beleza, por exemplo, são hoje dominados por eles. São vendedores digitais com forte poder de amplificar a mensagem da marca. Com a restrição de circulação das pessoas, muitos desses influenciadores vão nas lojas e demonstram os produtos que os consumidores querem comprar. Muitos fazem lives ou gravam vídeos nas suas casas mesmo usando os produtos enviados pelas empresas. Uma versão moderna dos apresentadores dos canais de vendas surgidos por aqui nos anos 90 com uma vantagem: a credibilidade dos influenciadores endossa (ou não) ao seu público a qualidade do produto. Alguns não os consideram tendências de negócios e sim um canal mídia consolidado. Mas, como foram novidade para uma grande parte da população, acredito ser uma tendência para 2021.
Casos curiosos surgiram, como o do dono de uma loja de bugigangas para o lar no Saara, comércio popular no Rio de Janeiro. No auge da pandemia e sem poder receber clientes, ele, desesperado e sem poder vender, teve a ideia de levar a esposa e a filha para a loja e começou a mostrar os produtos em lives no Instagram. O negócio deu tão certo que hoje a loja retomou as vendas transformando-se num e-commerce de sucesso. A crise despertou a criatividade e a loja não fechou as portas. As redes sociais são poderosas aliadas para empresários que entendem a sua linguagem. As lives do comerciante digital influencer continuam, claro.
Se você gostou desse artigo, clique aqui e leia outros posts sobre negócios e franquias. Você conhece outras tendências de negócios que poderia entrar nessa lista? Fala para gente nos comentários.